Papa Leão XIV Alerta Sobre os Perigos da Inteligência Artificial: Paralelo com a Revolução Industrial de Leão XIII

Em sua primeira audiência formal, o recém-eleito Papa Leão XIV expressou profunda preocupação com o impacto da inteligência artificial na humanidade. Ele se comprometeu a dar continuidade às reformas modernizadoras iniciadas pelo Papa Francisco, ao mesmo tempo em que aborda as complexas questões éticas decorrentes da IA. O pontífice enfatizou a necessidade de proteger a dignidade humana, promover a justiça social e garantir o futuro do trabalho em um mundo cada vez mais automatizado.

O nome escolhido pelo novo Papa, Leão XIV, não é mera coincidência. Ele faz uma conexão direta com o Papa Leão XIII, que, no século XIX, enfrentou os desafios sociais e econômicos da Primeira Revolução Industrial. A encíclica histórica de Leão XIII, *Rerum Novarum*, abordou os direitos dos trabalhadores e estabeleceu princípios para uma sociedade mais justa. O Papa Leão XIV parece enxergar na IA uma “nova revolução industrial”, que exige uma bússola moral para garantir que a tecnologia sirva à humanidade, e não o contrário.

O Papa Francisco já havia alertado sobre os perigos de um “paradigma tecnocrático” que prioriza a eficiência acima da dignidade humana. Pesquisadores identificaram desafios críticos relacionados à IA, incluindo o bem-estar humano, o desenvolvimento responsável, a proteção da privacidade e a necessidade de governança adequada. Leão XIV se apresenta como um defensor do progresso tecnológico que respeita os valores humanos e distribui os benefícios de forma equitativa.

O Vaticano, sob a liderança do Papa Francisco, já havia dado passos importantes na definição de uma estrutura ética para a IA. Em 2025, diretrizes abrangentes foram promulgadas, enfatizando o desenvolvimento de uma IA centrada no ser humano e proibindo aplicações que criem desigualdades ou violem a dignidade humana. A transparência é um pilar fundamental, com a exigência de rotulagem obrigatória para conteúdo gerado por IA.

Para garantir a implementação desses princípios, o Vaticano criou uma Comissão de IA, composta por especialistas em direito, tecnologia e segurança. A comissão é responsável por monitorar a conformidade, redigir leis e emitir relatórios semestrais. As diretrizes se inspiram no Regulamento de IA da União Europeia, mas as fundamentam em princípios teológicos, apresentando a IA como “um dom da criatividade humana, que por sua vez é um dom de Deus.”

O paralelo com a encíclica *Rerum Novarum* de Leão XIII é notável. Naquela época, o “papa dos trabalhadores” defendeu salários justos, jornadas razoáveis e condições de trabalho seguras. Ele rejeitou tanto o capitalismo irrestrito quanto o socialismo, promovendo uma visão em que a economia serve às pessoas. O Papa Leão XIV agora aplica essa mesma abordagem centrada no ser humano aos desafios éticos da era da inteligência artificial, reafirmando que a dignidade humana deve ser sempre primordial.

Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br

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