Comitiva de Lula ao Japão e Vietnã Custou R$ 4,5 Milhões e Teve Mais de 220 Pessoas

A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão e Vietnã, no final de março, gerou polêmica devido ao tamanho da comitiva e aos custos envolvidos. Mais de 220 pessoas, incluindo autoridades, assessores e técnicos, integraram a missão, elevando a estimativa inicial de gastos para R$ 4,54 milhões. Um mês após o retorno da comitiva, o valor total da viagem ainda não foi totalmente divulgado.

Dados obtidos pelo jornal O Estado de São Paulo, através do Diário Oficial da União e sistemas de acompanhamento de gastos públicos, revelam que essa foi a maior comitiva do terceiro mandato de Lula. Para se ter uma ideia, a delegação que acompanhou o presidente à Assembleia-Geral da ONU em 2023 teve pouco mais de 100 integrantes. A comparação levanta questionamentos sobre a necessidade de uma delegação tão extensa na viagem ao Japão e Vietnã.

Entre os participantes da missão, destacam-se 11 parlamentares e representantes de diversos órgãos do governo, como o Gabinete Pessoal da Presidência, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). O Itamaraty foi o órgão com o maior número de servidores enviados, totalizando pelo menos 32 pessoas. A presença de um número elevado de representantes de diferentes setores demonstra a complexidade e abrangência da viagem.

A viagem da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, também despertou atenção devido aos custos de seus voos. Os trechos de Tóquio a Paris e de Paris a Brasília, com escala em São Paulo, somaram R$ 60.210,58, incluindo um voo na classe executiva. “A legislação atual permite esse tipo de acomodação apenas a ministros de Estado e servidores em cargos equivalentes em voos com mais de sete horas”, ressalta a reportagem, o que gerou questionamentos, já que Janja não ocupa cargo formal no governo.

Adicionalmente, a missão presidencial incluiu despesas logísticas significativas. Foram gastos R$ 77.903,80 em hospedagens no Alasca durante uma escala da Força Aérea Brasileira (FAB) e R$ 397,8 mil com o aluguel de veículos com motorista no mesmo local. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) se recusou a divulgar a lista completa dos viajantes e os valores totais da viagem, alegando sigilo em relação aos integrantes das comitivas técnicas e de apoio, sob o argumento de que apenas os nomes das autoridades constam em publicação oficial. A falta de transparência dificulta a análise completa dos gastos da missão presidencial.

Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br

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