O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Pequim neste sábado, dando início a uma visita de quatro dias focada no fortalecimento das relações bilaterais com a China. A agenda prioritária inclui a expansão de acordos comerciais, o avanço da transição energética e o aprofundamento dos laços diplomáticos entre os dois países.
Lula se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, na terça-feira, marcando o segundo encontro entre os líderes em menos de um ano. O primeiro encontro ocorreu em novembro passado, durante a cúpula do G20 no Brasil, demonstrando a crescente importância da relação sino-brasileira.
A visita de Lula ganha destaque em meio às persistentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China. As disputas, intensificadas pelas tarifas impostas durante o governo Trump, criam um cenário complexo para a diplomacia brasileira. Lula busca diversificar as exportações do Brasil para a China, explorando novas oportunidades em diversos setores.
Um tema sensível na agenda é a exportação de carne bovina, especialmente após a China rejeitar a certificação de 28 frigoríficos brasileiros indicados pelo Ministério da Agricultura. O presidente brasileiro tenta equilibrar a relação com as duas potências, demonstrando neutralidade apesar das críticas aos EUA e do reconhecimento do avanço tecnológico chinês. Como declarou recentemente, “graças a Deus temos a China”.
Lula tem demonstrado cautela em relação ao conflito entre EUA e China, afirmando que não deseja uma nova “Guerra Fria”. Espera-se que, durante sua estadia em Pequim, o presidente brasileiro e Xi Jinping assinem cerca de 16 acordos abrangendo áreas como comércio, tecnologia e energia. Antes de chegar à China, Lula esteve em Moscou, onde se reuniu com Vladimir Putin para discutir cooperação econômica e criticar as tarifas de Trump.
A comitiva de Lula na China inclui ministros e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A viagem ocorre em um momento delicado para o governo, com o presidente enfrentando questionamentos relacionados a fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Fonte: http://revistaoeste.com