A Justiça Federal cobrou explicações do governo Lula e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em relação a supostas irregularidades em descontos realizados nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas. O juiz federal Waldemar Claudio De Carvalho determinou um prazo de 48 horas para que o governo se manifeste sobre o caso, dada a “urgência da questão tratada”, segundo a decisão.
A determinação judicial atende a uma ação popular movida pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba. A ação questiona a atuação do governo e do INSS em relação às fraudes, além de pedir esclarecimentos sobre o papel do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, no esquema investigado. O Ministério Público Federal também foi intimado a se manifestar sobre o caso.
De acordo com a ação movida por Nikolas Ferreira e Guilherme Kilter, o governo, o INSS e o ex-ministro Carlos Lupi devem ser condenados a ressarcir os cofres públicos em um montante mínimo de R$ 6,3 bilhões. Além disso, os autores da ação pedem a restituição dos valores indevidamente descontados aos aposentados e pensionistas afetados pelas supostas fraudes.
O caso ganhou destaque após uma operação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) que investigou um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Estima-se que as entidades envolvidas tenham cobrado cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
Segundo o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, as entidades analisadas “não tinham nenhuma estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam”. A operação resultou no afastamento e posterior demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, também pediu demissão no início de maio.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br