O governo brasileiro rejeitou formalmente um pedido do governo Trump para classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), duas das maiores facções criminosas do país, como organizações terroristas. A solicitação, feita por um emissário da administração Trump, não encontrou eco na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fontes do governo brasileiro indicam que a decisão se baseia em uma análise criteriosa das leis nacionais e das implicações de tal designação. A principal preocupação reside no possível impacto sobre a soberania nacional e na complexidade de aplicar a legislação antiterrorista a organizações criminosas com atuação predominantemente no Brasil.
Especialistas em segurança pública apontam que a classificação como terrorista poderia abrir precedentes para intervenções externas e gerar um endurecimento excessivo das políticas de segurança, sem necessariamente atacar as causas profundas do crime organizado. “A questão é complexa e exige uma abordagem multifacetada, que vá além da mera repressão”, argumenta um analista consultado sob condição de anonimato.
A decisão do governo Lula demonstra uma postura de cautela e autonomia na condução da política de segurança nacional. O foco, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, está em fortalecer as instituições de combate ao crime e em implementar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade das populações mais afetadas pela violência.
Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que o Brasil segue comprometido com a cooperação internacional no combate ao crime organizado, mas ressalta a importância de respeitar a legislação e a soberania nacional. A pasta reafirmou o compromisso do governo em aprimorar as estratégias de segurança pública, priorizando a inteligência e a integração entre as forças policiais.
Fonte: http://politepol.com