Enquanto acumula prejuízos bilionários, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou uma licitação controversa para contratar quatro veículos de luxo destinados ao uso da diretoria. A medida, que prevê contrato de 30 meses com motorista e combustível inclusos, ocorre em um momento delicado para a estatal.
A licitação, divulgada pela revista *Veja*, mantém em sigilo o valor total da contratação, bem como as marcas e modelos dos veículos. O edital especifica apenas que se trata de carros de “padrão superior”, levantando questionamentos sobre a prioridade dos gastos em um cenário de crise.
O contrato prevê um limite de 1.000 quilômetros mensais por veículo, com um custo fixo. Ultrapassar essa marca gera uma cobrança adicional, classificada como custo variável, para até 115 quilômetros excedentes. Essa estrutura de custos também suscita debates sobre a economicidade da medida.
Os Correios enfrentam um quadro financeiro preocupante. No primeiro trimestre de 2025, a empresa registrou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão, um aumento de 115% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda na receita e o aumento dos custos operacionais contribuíram para o resultado negativo.
Apesar do prejuízo, a estatal garante que sua continuidade operacional está assegurada, amparada por sua natureza estatal e pelo suporte da União. Medidas de modernização e diversificação de serviços estão previstas em um plano estratégico para os próximos anos.
Fonte: http://revistaoeste.com
