Janja e Ministras Lançam Edital de Justiça Ambiental em Terreiro Histórico no Rio

A primeira-dama Janja Lula da Silva e as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Anielle Franco (Igualdade Racial) marcaram presença no terreiro Ilê Axé Omiójuarô, em Nova Iguaçu (RJ), na quinta-feira (3). O motivo da visita foi o lançamento do Edital Mãe Beata de Iemanjá, uma iniciativa crucial para o fortalecimento das comunidades tradicionais.

O edital, promovido pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), visa apoiar terreiros na promoção da justiça ambiental. Serão selecionadas e premiadas 54 iniciativas já em andamento ou planejadas por povos e comunidades tradicionais de terreiro ou de matriz africana, impulsionando ações de base territorial e comunitária.

A ministra Anielle Franco enfatizou a relevância do edital, especialmente em ano de COP30, destacando o compromisso do MIR em garantir a participação de afrodescendentes e comunidades tradicionais nas discussões sobre clima e meio ambiente. “Esse prêmio é ainda mais relevante em ano de COP30, uma vez que o MIR defende a pauta da participação dos afrodescendentes, povos e comunidades tradicionais e de matriz africana nas negociações sobre clima e meio-ambiente”, afirmou Franco.

A iniciativa é uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação José Bonifácio (FJB), com apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, integra a programação do Julho das Mulheres Negras, mês dedicado à celebração do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Durante a visita, foi realizada a Roda de Diálogo: Valorização das Tradições de Matriz Africana e o Papel das Mulheres de Terreiro na Promoção da Justiça Ambiental. O espaço reuniu lideranças religiosas, gestoras públicas e representantes da sociedade civil para discutir temas cruciais.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou a importância da reconstrução do Ministério da Cultura e da Fundação Palmares, bem como das ações afirmativas voltadas à valorização das culturas afro-brasileira, indígena e cigana. Janja, por sua vez, destacou o protagonismo feminino na defesa do meio ambiente e na luta climática, ressaltando o papel fundamental das religiões de matriz africana e, em especial, das mulheres.

Por fim, foi anunciada a concessão de uma honraria à Mãe Beata de Iemanjá (Beatriz Moreira Costa), uma das principais referências do candomblé no país, em reconhecimento ao seu trabalho na promoção da igualdade e no fortalecimento das políticas para os povos de terreiros.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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