Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc Curitiba), foi afastado do cargo por decisão judicial nesta sexta-feira (4). A medida foi tomada após o cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua residência, onde policiais militares realizaram buscas minuciosas em todos os cômodos.
A investigação, conduzida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), apura o desvio de R$ 607.192,24 do Sindimoc. Além de Teixeira, o advogado do sindicato, que é irmão do presidente, e outros familiares também são investigados por envolvimento no esquema. O objetivo da operação era encontrar dinheiro desviado que poderia estar escondido tanto na casa de Teixeira quanto em uma chácara de sua propriedade em Mandirituba.
Segundo o MPPR, as investigações apontam que o presidente do Sindimoc, que ocupava o cargo há 15 anos e estava sob investigação desde 2010, e seus familiares praticaram 120 atos criminosos relacionados à apropriação de recursos do sindicato. Os familiares teriam sido utilizados como “laranjas” nas operações de desvio, sendo nomeados como prestadores de serviços autônomos com salários mensais variando entre R$ 900 e R$ 5 mil.
Ainda de acordo com as investigações, o dinheiro desviado era utilizado para diversas finalidades, incluindo a compra de grandes quantidades de bebidas alcoólicas. O presidente do sindicato foi denunciado por 157 crimes de peculato, enquanto os outros seis réus também foram denunciados por diversos crimes de peculato.
Em entrevista à Rede Massa, Anderson Teixeira negou as acusações e afirmou que os policiais não encontraram nada em sua casa. “Sempre estive disposto a provar nossa inocência. A gente entregou as notas e prestações de conta do sindicato, justamente rebatendo todas estas denúncias”, declarou. Ele atribuiu as denúncias à proximidade das eleições no sindicato, marcadas para o próximo ano, alegando que “sempre no período pré-eleitoral, surgem coisas como estas”.
Fonte: http://massa.com.br