WSJ Alerta: Coluna Aponta Aliança Perigosa Entre Governos de Esquerda na América Latina e o Irã

Um artigo recente do *The Wall Street Journal*, assinado pela colunista Mary Anastasia O’Grady, especialista em geopolítica, lança luz sobre as complexas relações entre o Irã e alguns países da América Latina. A análise foca em governos de esquerda, como o do Brasil, e em regimes ditatoriais como os da Venezuela, Nicarágua e Cuba, destacando a preocupante expansão da influência iraniana na região.

O ponto de partida da discussão é a recente ação dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas. O’Grady questiona qual será a reação de Teerã, especialmente considerando a rede de alianças e representantes militares que o país construiu no Hemisfério Ocidental ao longo de décadas. A prisão de 11 iranianos em solo americano intensifica as preocupações sobre possíveis retaliações.

A colunista relembra o histórico de terrorismo do Irã na América Latina, mencionando o atentado ao centro comunitário judaico em Buenos Aires em 1994, orquestrado pelo Hezbollah e que resultou na morte de 85 pessoas. Também é citado o ataque à Embaixada de Israel em 1992, que vitimou 29 pessoas, e o assassinato do promotor que investigava o atentado de 1994, um dia antes de depor sobre um possível acobertamento do papel do Irã pelo governo argentino da época.

Enquanto a Argentina, sob a liderança de Javier Milei, adota uma postura mais firme contra o Hezbollah, O’Grady destaca que a situação é diferente em outros países da região. “Esses são desenvolvimentos na Argentina encorajadores. Mas o fundamentalismo islâmico está ganhando terreno em outras partes da América Latina”, adverte a colunista.

No caso do Brasil, O’Grady critica a permissão concedida pelo governo Lula para que navios de guerra iranianos atracassem no Rio de Janeiro em 2023, um gesto interpretado como uma reaproximação entre Brasília e Teerã. A Bolívia, sob a influência de Evo Morales, Cuba e Nicarágua também são apontadas como aliadas do Irã, compartilhando uma ideologia antiocidental e laços estreitos.

O artigo também aborda a relação entre Venezuela e Irã, destacando a compra de material bélico e a montagem de drones com tecnologia iraniana em território venezuelano. “Em um desfile militar em 2022, Maduro exibiu drones ANSU-100, montados e equipados com armas”, exemplifica O’Grady, citando um relatório que aponta para uma produção anual de cerca de 50 drones ANSU-100 na Venezuela.

O’Grady conclui que o Irã pode recorrer a agentes clandestinos para atacar os EUA ou seus aliados, como fez na Argentina na década de 1990. Ela destaca que esses agentes são frequentemente “contrabandeados” para a América Latina em voos diretos de Teerã para Caracas, onde recebem passaportes venezuelanos para facilitar sua movimentação pela região.

Fonte: http://revistaoeste.com

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