Os perfis oficiais do Presidente Lula nas redes sociais registraram uma significativa perda de seguidores desde o início de 2025, ultrapassando a marca de 1 milhão. Dados de consultorias especializadas em monitoramento digital revelam que o Instagram foi a plataforma mais afetada, com uma redução de aproximadamente 240 mil seguidores apenas no mês de abril. Esse declínio levanta preocupações sobre a influência do governo no ambiente online.
A perda de popularidade nas redes coincide com um período de aumento da desaprovação do governo e a intensificação de crises políticas. A investigação sobre possíveis fraudes no INSS e a implementação de medidas que elevaram a carga tributária são apontadas como fatores que contribuíram para o desgaste da imagem presidencial. Adicionalmente, declarações da primeira-dama, Janja da Silva, também podem ter impactado negativamente a percepção online.
De acordo com relatórios de monitoramento, o sentimento negativo em relação ao presidente Lula ultrapassou os 70% nas menções online durante o primeiro semestre do ano. Essa tendência alarmante tem levado o núcleo de comunicação do Palácio do Planalto a repensar suas estratégias, buscando formas de recuperar o engajamento e conter a erosão da influência nas redes.
Mais do que uma questão de imagem, a diminuição no número de seguidores representa uma vulnerabilidade na principal arena de disputa de narrativas: a internet. A oposição, consolidada há anos nas redes, amplia sua vantagem enquanto a base de apoio governamental demonstra menor mobilização. A comunicação oficial, vista como excessivamente institucional, enfrenta dificuldades em estabelecer uma conexão direta com o público.
Em resposta a essa turbulência, o governo tem defendido a regulação das plataformas digitais, argumentando a necessidade de combater a desinformação. No entanto, críticos, incluindo representantes de grandes empresas de tecnologia, interpretam essa medida como uma tentativa de controlar o debate público após a perda de espaço, caracterizando-a como censura estatal. A crise nas redes sociais sinaliza um desafio real para o governo Lula, que enfrenta um esvaziamento de engajamento espontâneo que não pode ser corrigido apenas com propaganda institucional.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br