A viagem presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva à China, em maio de 2025, foi marcada por uma polêmica inesperada: o vazamento de uma conversa reservada com o presidente chinês Xi Jinping. O incidente, ocorrido durante um jantar oficial, expôs tensões internas na comitiva brasileira e colocou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, no centro das suspeitas.
Segundo fontes, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, teria abordado os impactos negativos do TikTok no Brasil, gerando desconforto até mesmo na primeira-dama chinesa, Peng Liyuan. O diálogo, inicialmente divulgado pelo G1, causou indignação em Lula, que questionou a “pachorra” de quem revelou um assunto “muito confidencial e pessoal”.
A suspeita sobre Rui Costa se intensificou devido a um histórico de desentendimentos com Janja, conforme relatos da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. A ausência de uma resposta oficial das assessorias de Lula, Janja e do próprio Costa apenas alimentou as especulações em torno do caso.
De acordo com relatos da Folha, Janja expressou preocupações com o impacto do algoritmo do TikTok, alegando que ele favoreceria a extrema direita no Brasil. A atitude foi considerada inadequada por alguns presentes, já que o protocolo do encontro não previa sua fala. Xi Jinping respondeu que o Brasil tem autonomia para regular ou até banir a plataforma, mas o episódio gerou desconforto.
Em entrevista, Lula defendeu Janja, afirmando que ele próprio iniciou o tema e que ela, por entender de direitos digitais, complementou a discussão. O presidente negou qualquer constrangimento, mas criticou duramente o vazamento, sugerindo que um ministro deveria ter pedido para deixar o ambiente se estivesse incomodado. O caso reacendeu debates sobre o papel de Janja no governo, com aliados defendendo sua participação ativa e críticos apontando excesso de protagonismo.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br