MEC Gasta R$25 Mil em Meias para Promover Programa a Parlamentares, Revela Deputado

O Ministério da Educação (MEC) desembolsou R$25 mil em fevereiro para enviar 600 pares de meias a deputados e senadores, como parte de uma estratégia de divulgação do programa Pé-de-Meia. A ação, coordenada pela Secretaria de Comunicação da Presidência, gerou questionamentos sobre a efetividade do gasto público. O programa Pé-de-Meia, uma das principais iniciativas do governo Lula 3 na área de educação, busca incentivar a permanência e o sucesso de estudantes de baixa renda no ensino médio.

Cada par de meias custou R$41,80, conforme confirmado pelo MEC em resposta a um requerimento do deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). Os kits promocionais foram entregues a parlamentares de diferentes partidos, tanto da base governista quanto da oposição, no mesmo dia em que os alunos começaram a receber a primeira parcela da poupança de R$1 mil prevista pelo programa. A iniciativa visava destacar o papel do Congresso Nacional na aprovação do Pé-de-Meia, considerado essencial para o seu sucesso.

Os kits, compostos por meias personalizadas e embaladas em caixas de acrílico, continham uma carta que reconhecia a contribuição dos parlamentares para a concretização do programa. A mensagem ressaltava o impacto positivo do Pé-de-Meia na vida de mais de 4 milhões de estudantes, incentivando a permanência escolar e a conclusão do ensino médio. A carta enfatizava que “essa conquista não seria possível sem a participação dos parlamentares”.

De acordo com o MEC, a empresa Viver Eventos foi contratada para colaborar na campanha de divulgação do Pé-de-Meia, recebendo um montante superior a R$36 milhões. O contrato abrangia a produção de diversos materiais promocionais, como camisetas, bonés, copos e banners. Apesar de menções anteriores à participação da Caixa Econômica Federal na iniciativa, o MEC não confirmou repasses específicos da instituição para a produção das meias.

O programa Pé-de-Meia oferece até R$9 mil a estudantes de baixa renda que cumprirem requisitos como frequência escolar, aprovação nas disciplinas e participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O governo federal aposta no programa como um importante instrumento para reverter a queda de popularidade e fortalecer o apoio à sua agenda de políticas públicas. O caso levanta um debate sobre a pertinência e a transparência dos gastos públicos em ações de comunicação governamental.

Fonte: http://revistaoeste.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *