A Associação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (ASSIBGE-SN) expressou forte oposição à nova versão do mapa-múndi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira. A representação inusitada, que inverte a orientação tradicional e centraliza o Brasil, gerou críticas e preocupações sobre a imparcialidade do órgão.
Para a ASSIBGE-SN, a iniciativa compromete a reputação construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério e reconhecido internacionalmente. A associação argumenta que o mapa, ao distorcer a representação geográfica convencional, afasta-se da precisão informativa e promove uma “encenação simbólica” questionável, conforme manifestação pública.
“Em vez de informar com precisão, a nova configuração distorce a realidade e cria uma ‘encenação simbólica'”, declarou a associação em suas redes sociais, evidenciando a preocupação com a integridade técnica do instituto. A crítica se estende à gestão atual do IBGE, acusada de priorizar ações promocionais em detrimento de sua função primordial.
O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, justificou a mudança como uma forma de evidenciar a liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais, como Brics e Mercosul, além de eventos como a COP30, que será realizada em Belém. No entanto, a explicação não convenceu o sindicato, que relembra outros episódios controversos.
A ASSIBGE-SN reafirma seu compromisso com a integridade técnica do IBGE e defende que o instituto se mantenha fiel ao seu papel de fornecer dados confiáveis e imparciais. O sindicato insiste na necessidade de evitar práticas que possam comprometer a missão essencial do IBGE como fonte de informação precisa para a sociedade.
Fonte: http://revistaoeste.com