O cafezinho diário está pesando mais no bolso do brasileiro. Um levantamento recente do IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que o preço do café moído disparou 4,48% apenas em abril, acumulando um aumento impressionante de 80,2% nos últimos 12 meses. Este é o maior salto inflacionário para o produto desde o início do Plano Real, em 1994, impactando diretamente o orçamento familiar.
O aumento expressivo do café contribuiu para a inflação geral de abril, que fechou em 0,43%. Apesar de uma desaceleração em relação aos meses anteriores, o índice ainda é o mais alto para o mês desde 2023. A escalada nos preços do café se destaca em meio a outros aumentos, como os da batata-inglesa (18,29%) e do tomate (14,32%), elevando a preocupação com o custo de vida.
De acordo com o IBGE, a principal causa por trás da alta do café reside nos fatores climáticos. O regime irregular de chuvas, com excesso ou escassez, tem prejudicado a produção agrícola, afetando a oferta do produto no mercado. “O excesso ou falta de chuvas tem afetado a produção agrícola de vários alimentos”, aponta o relatório do instituto.
A pesquisa do IBGE também revela um aumento no índice de difusão, que saltou de 55% para 70% entre os alimentos. Este dado indica que a pressão inflacionária não se restringe ao café, mas se espalha por uma ampla gama de produtos alimentícios, tornando o desafio de equilibrar o orçamento ainda maior para os consumidores brasileiros.
Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de atenção redobrada nas escolhas de consumo. A busca por alternativas e o planejamento financeiro se tornam ferramentas essenciais para mitigar os impactos da inflação e garantir o acesso aos itens básicos da cesta alimentar.
Fonte: http://massa.com.br