O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), minimizou a crise envolvendo as fraudes no INSS, afirmando que ela está “extinta”. A declaração surge em meio à coleta de assinaturas pela oposição para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso.
Wagner defendeu que as medidas tomadas pelo governo Lula, como a exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, demonstram o compromisso em solucionar o problema. Ele questionou a necessidade de uma CPMI diante das investigações já em curso.
“A CGU levantou a investigação. Já prendeu gente, tem gente investigada. Caiu o presidente do INSS, caiu o ministro. Qual é a crise agora?”, indagou o senador, argumentando que a maior parte dos desvios ocorreu antes da atual gestão.
Apesar da declaração do líder do governo, a oposição insiste na necessidade da CPMI, intensificando o debate político em torno do caso. Wagner criticou o que chamou de excesso de comissões no Senado, insinuando que a Casa estaria se transformando em uma “delegacia de polícia”.
A crise se intensificou após a Polícia Federal deflagrar a Operação Sem Desconto, revelando um esquema de descontos ilegais que causou um prejuízo estimado em R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024. Carlos Lupi, então ministro da Previdência, pediu demissão a pedido de Lula, negando envolvimento no esquema.
Fonte: http://revistaoeste.com