Crise no Governo Lula: Fraude no INSS Detona Relação com PDT e Suscita Acusações de Abafamento

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma nova turbulência política após a operação que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A demissão do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, desencadeou uma série de eventos, culminando no rompimento do Partido Democrático Trabalhista (PDT) com a base governista na Câmara dos Deputados.

A saída de Lupi, segundo o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), já era prevista como um fator de agravamento da relação com o PDT. Jordy alega que Lula, consciente das consequências, teria postergado a demissão para evitar o desgaste político. “O presidente foi omisso”, declarou Jordy, em entrevista ao Jornal da Oeste, acusando Lula de priorizar alianças políticas em detrimento da investigação das fraudes.

Ainda de acordo com o deputado, a intenção do governo seria “abafar o caso” e impedir que o escândalo no INSS viesse à tona. “Não quis demitir Lupi porque queria manter os integrantes do PDT como aliados. Também porque quer esconder o escândalo. Não quer que a fraude do INSS seja investigada”, enfatizou Jordy.

A crise se aprofundou com a nomeação do deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PR) para o lugar de Lupi. Parlamentares do PDT criticaram a escolha, argumentando que Queiroz não possui o apoio da legenda para representar o partido na pasta. Além disso, levantaram questionamentos sobre o passado do novo ministro, mencionando uma proposta de sua autoria que teria facilitado fraudes no INSS.

Durante seu mandato como deputado federal, Queiroz apoiou uma emenda que prorrogou o prazo para revalidação anual das cobranças em folha de aposentados e pensionistas do INSS, medida que, segundo críticos, abriu brechas para fraudes bilionárias. A indicação de Queiroz, portanto, é vista por alguns como uma mudança superficial que não aborda as causas da crise na Previdência.

Fonte: http://revistaoeste.com

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