O governo dos Estados Unidos elevou a tensão com o regime de Nicolás Maduro ao anunciar uma recompensa de US$ 25 milhões por informações que resultem na prisão e/ou condenação do presidente venezuelano. A iniciativa partiu da DEA (Administração de Repressão às Drogas), órgão ligado ao Departamento de Justiça dos EUA, intensificando a pressão sobre o líder venezuelano. A medida representa uma escalada significativa nas relações já turbulentas entre os dois países.
O anúncio foi feito através de um cartaz divulgado na conta oficial da DEA na rede social X, onde a imagem de Maduro aparece acompanhada do valor da recompensa. Além do presidente, o órgão também busca informações sobre Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela, todos membros do mesmo partido político, o Partido Socialista Unido da Venezuela. A ação da DEA visa desmantelar supostas atividades criminosas ligadas ao governo venezuelano.
De acordo com o governo dos EUA, Maduro é acusado de “conspiração com o narco-terrorismo, com a importação de cocaína, com o uso e transporte de armas e objetos destruidores em fomento a um crime de tráfico de drogas”. As acusações são graves e colocam o presidente venezuelano no centro de uma investigação complexa que envolve o combate ao crime organizado transnacional. O governo americano também alega que Maduro integra o grupo criminoso denominado “Cartel de Los Soles”.
Ainda, a gestão Trump classificou o “Cartel de los Soles” como uma organização terrorista internacional. Segundo um comunicado oficial do Departamento do Tesouro dos EUA, o grupo fornece “apoio material a organizações terroristas estrangeiras que ameaçam a paz e a segurança dos Estados Unidos, em especial o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa”. Essa classificação intensifica as sanções e restrições impostas ao governo venezuelano.
Em paralelo, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já havia declarado que “Maduro não é o presidente da Venezuela e seu regime não é o governo legítimo”. Essa postura reflete o reconhecimento dos EUA a um governo paralelo na Venezuela, liderado pela oposição, e demonstra o claro posicionamento do país em relação à crise política venezuelana.
Fonte: http://www.poder360.com.br