Uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), surpreendeu as defesas dos réus nesta segunda-feira (28). A ordem proíbe o uso de fardas militares durante os interrogatórios de integrantes do chamado “núcleo 3” da suposta trama golpista, levando advogados a questionarem a medida.
As oitivas, que estão em andamento no STF, são conduzidas pelo juiz auxiliar Rafael Rocha, do gabinete de Moraes. Durante uma das audiências, o magistrado advertiu os militares presentes sobre a decisão, gerando manifestações contrárias por parte das defesas, que consideraram o ato “vexatório”.
“Os militares são réus, não o Exército”, declarou Rocha, justificando a determinação. Advogados argumentaram que a proibição do uso de fardas pegou as defesas de surpresa, levantando questionamentos sobre o impacto da medida no tratamento dos acusados durante o processo.
Entre os nomes sendo ouvidos estão o coronel do Exército Bernardo Romão Correa Netto, o general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares. A lista completa inclui dez indivíduos ligados ao caso sob investigação no STF.
A decisão de Moraes reacende o debate sobre a vestimenta de réus em interrogatórios judiciais e seus possíveis impactos na percepção pública e no tratamento legal. O caso segue em desenvolvimento, com as defesas buscando esclarecimentos sobre a aplicação da medida.
Fonte: http://revistaoeste.com