Paraná anuncia pacote para ajudar empresas por tarifas dos EUA

O Governo do Estado preparou um conjunto de ações para mitigar os impactos das tarifas de importação de 50% que os Estados Unidos passarão a aplicar sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, enquanto a política nacional está marcando toca no apoio dos empresários brasileiros afetados pela medida de Donald Trump.

Durante a semana, técnicos da Secretaria da Fazenda (Sefa), Receita Estadual e outras pastas reuniram-se com representantes do setor produtivo para avaliar os efeitos da medida e definir estratégias de apoio às empresas paranaenses potencialmente afetadas.

Entre as medidas emergenciais estão a ampliação de linhas de crédito, flexibilização de prazos para cumprimento de investimentos já contratados e a possibilidade de utilização de créditos de ICMS homologados no Siscred – que poderão ser monetizados ou usados como garantia em operações financeiras.

O governo estadual mantém o monitoramento constante da situação e não descarta adotar novas ações nas próximas semanas, conforme a dimensão dos impactos se torne mais clara.

A decisão norte-americana, que afeta principalmente setores como aço e alumínio, coloca em alerta a indústria paranaense, responsável por parte significativa das exportações brasileiras desses produtos.

As medidas protetivas do governo estadual visam preservar a competitividade das empresas locais e evitar perdas maiores no comércio exterior.

Autoridades destacam que o diálogo permanente com o setor privado será fundamental para ajustar as políticas de apoio conforme a evolução do cenário internacional.

“É nosso dever ajudar a manter a economia do Paraná forte nesse momento de incertezas. Estamos trabalhando ao longo de alguns dias nesse pacote e vamos continuar dialogando com o setor produtivo para avaliar os próximos passos”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).

No âmbito da Secretaria da Fazenda, empresas afetadas pelo tarifaço com crédito de ICMS na receita estadual poderão utilizá-lo parcialmente para monetização, giro ou como garantia na tomada de recursos. A estimativa de impacto financeiro da medida vai depender de adesão e avaliação individual. Outra ferramenta disponibilizada será a flexibilização de prazos de investimento das empresas enquadradas no programa Paraná Competitivo para que não fiquem sem fôlego.

Também serão implementadas medidas de oferta de crédito com a Fomento Paraná e o  Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Empresas atingidas pelo desequilíbrio nas vendas poderão solicitar adiamento de pagamento de parcelas de empréstimos já tomados dentro das regras estabelecidas pelo Banco Central.

Outras medidas envolvem a disponibilidade de oferta de recursos no BRDE e na Fomento Paraná para alavancar recursos imediatos para as empresas. A disponibilidade deve ultrapassar R$ 400 milhões dentro das duas instituições financeiras. O Governo do Paraná também estuda aporte de capital no Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) para oferecer mais recursos no mercado com juros baixos para empresários dos setores mais atingidos.

O Paraná vende, em média, US$ 1,5 bilhão por ano em produtos aos Estados Unidos. Neste ano, até junho, foram US$ 735 milhões. Os principais produtos são madeira e derivados (MDF, esquadrias, portas, etc), mas nos últimos quatro anos mais de 90 grupos de produtos paranaenses alcançaram o mercado norte-americano, como máquinas, combustíveis minerais, plástico, alumínio, açúcar, café, adubos, borracha, produtos farmacêuticos, móveis, peixes, óleos vegetais, entre outros.

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Fonte:Blog do Tupan

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