A Polícia Civil do Rio de Janeiro acusa o rapper Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de impedir a apreensão de um adolescente apontado como um dos principais ladrões de carros do estado. O incidente, ocorrido na noite de segunda-feira (21), também envolve um segurança ligado ao traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, um dos chefes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes históricos do CV, atualmente preso. Segundo a Polícia Civil, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) receberam informações de inteligência sobre a presença do adolescente na residência do rapper, localizada no Joá, área nobre da zona oeste do Rio.
Os policiais, utilizando uma viatura descaracterizada, monitoravam o suspeito. A abordagem ocorreu quando o menor deixava o imóvel acompanhado de outras quatro pessoas. Ao anunciarem a apreensão e a apreensão de um cordão e um celular que estavam com ele, a polícia relata que Oruam e mais oito homens surgiram na varanda, iniciando uma série de hostilidades.
A Polícia Civil relata que o grupo desceu do imóvel, intensificando as agressões. A instituição afirma que um dos indivíduos, “citando ser filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, uma das principais lideranças do Comando Vermelho, como forma de intimidação”. Um policial teria ficado ferido durante o confronto.
Em sua conta na rede social X (antigo Twitter), Oruam publicou um vídeo que mostra os policiais sendo xingados. Ele também alegou que os agentes estavam tentando prendê-lo. A polícia afirma que um dos envolvidos na confusão se refugiou na casa de Oruam, forçando a entrada dos agentes para efetuar a captura. O indivíduo foi preso em flagrante por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico. Oruam e os demais envolvidos conseguiram fugir, segundo a polícia.
No fim de fevereiro deste ano, Oruam já havia sido preso pela Polícia Civil no mesmo endereço durante o cumprimento de mandados de prisão e apreensão relacionados a um caso de disparo de arma de fogo em Igaratá, São Paulo. Na ocasião, um homem com mandado de prisão pendente por organização criminosa foi encontrado na casa do rapper. Oruam foi preso em flagrante por suspeita de favorecimento, mas foi liberado no mesmo dia, alegando desconhecer o mandado contra o indivíduo.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br