IA da X/Twitter Aponta Tendências Autoritárias no Brasil Após Sanções dos EUA a Ministros do STF

O sistema de inteligência artificial Grok, da plataforma X/Twitter, gerou controvérsia ao analisar o cenário político brasileiro. Em resposta a um usuário, a IA reconheceu que o Brasil mantém as formalidades de uma democracia, como eleições e instituições. No entanto, o Grok alertou para “tendências autoritárias alinhadas a uma ditadura velada”, citando ações recentes do Judiciário, como a censura e perseguição a opositores, e as sanções dos EUA contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise da IA se baseou em reportagens da Reuters e da DW.

A manifestação da IA coincidiu com o anúncio de sanções por parte do governo dos Estados Unidos contra membros do STF. A medida, divulgada pelo Secretário de Estado Marco Rubio, envolve a revogação de vistos de entrada nos EUA. Rubio justificou a decisão com alegações de que o Brasil tem promovido censura e perseguição política, especialmente em processos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Rubio argumentou que as ações do Judiciário brasileiro afetam valores democráticos universais e empresas de tecnologia americanas. Ele se referiu especificamente às ordens judiciais para remoção de conteúdo nas redes sociais, que Washington considera uma violação da liberdade de expressão. A base legal para as sanções é a seção 212(a)(3)(C) do Immigration and Nationality Act, que permite negar entrada a indivíduos considerados prejudiciais à política externa dos EUA.

Analistas internacionais destacam a raridade e excepcionalidade do uso dessa ferramenta contra autoridades de uma democracia formal como o Brasil. A sanção, que afeta a vida pessoal dos atingidos, é geralmente reservada a países com regimes autocráticos. A notificação aos indivíduos sancionados nem sempre é feita antecipadamente, podendo ser constatada apenas no momento da tentativa de entrada nos Estados Unidos.

Questionado sobre o assunto, o Departamento de Estado dos EUA se limitou a declarar que “não tem mais nada a compartilhar sobre este assunto, além da declaração do secretário Rubio”. O caso levanta debates sobre a independência do judiciário, a liberdade de expressão e o papel das relações internacionais na política interna brasileira.

Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br

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