O policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, envolvido na morte do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi afastado das funções operacionais. A vítima foi fatalmente atingida com um tiro na cabeça na noite de sexta-feira (4), na Estrada Ecoturística de Parelheiros, Zona Sul de São Paulo.
Guilherme, um homem negro, foi confundido com um assaltante que supostamente tentava roubar a moto do PM. Após o disparo, o policial chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo, mas foi liberado após pagamento de fiança. A tragédia levanta questões sobre o uso da força letal e o potencial viés racial em abordagens policiais.
De acordo com o boletim de ocorrência, o policial alega que estava sendo abordado por suspeitos armados e, ao reagir, acabou atingindo Guilherme, que passava pelo local após o trabalho, a caminho do ponto de ônibus. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que o caso está sendo investigado pelo Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) de Guarulhos.
A Ouvidoria da Polícia de São Paulo também se manifestou, abrindo um procedimento e solicitando informações à Corregedoria da Polícia Militar. O órgão busca esclarecer os procedimentos adotados pela PM e requisitou documentos cruciais ao DHPP, incluindo o laudo necroscópico e exames periciais.
Adicionalmente, a Ouvidoria encaminhou um ofício à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), solicitando uma investigação sobre possíveis motivações raciais no caso. Conforme o ouvidor Mauro Caseri, todas as hipóteses serão apuradas para garantir a transparência e a justiça na investigação.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
