O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou seus planos de hospedagem para a próxima visita a Buenos Aires, onde participará da cúpula do Mercosul, agendada para 2 de julho de 2025. Ao invés de se hospedar em um hotel, Lula optou por ficar na residência oficial do embaixador brasileiro. A decisão ocorre em um momento de crescente escrutínio sobre os gastos do governo em viagens internacionais.
Essa mudança de planos surge em um contexto de críticas à gestão federal em relação ao uso de recursos públicos. No primeiro trimestre de 2025, as despesas da União com diárias, passagens e locomoção alcançaram R$ 789,1 milhões, um aumento real de 29,1% em comparação com o mesmo período de 2024, conforme reportado pelo Poder360. A escolha da residência oficial busca mitigar o impacto negativo dessas críticas.
De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, confirmadas ao portal Metrópoles, a decisão de Lula reflete uma sensibilidade às preocupações com os gastos públicos. Anteriormente, em viagens à França e ao Canadá, o presidente havia se hospedado em hotéis de luxo, gerando debates sobre a adequação desses gastos. A hospedagem na residência do embaixador Julio Glinternick Bitelli representa, portanto, uma mudança de postura.
Analistas apontam que a medida pode ser vista como uma tentativa de demonstrar austeridade e responsabilidade fiscal. Resta saber se essa decisão será suficiente para aplacar as críticas e se influenciará futuras escolhas de hospedagem em viagens presidenciais. O impacto da medida na percepção pública sobre os gastos do governo será acompanhado de perto.
Fonte: http://www.poder360.com.br