Um jantar oferecido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reuniu importantes figuras dos Três Poderes na noite de terça-feira, 3 de outubro. O evento, que ocorreu na residência oficial da presidência do Senado, serviu como palco para discussões sobre temas sensíveis do cenário político nacional.
A recepção ocorreu logo após a cerimônia que incluiu a foto de Moraes na galeria de ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O encontro contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, que assumiu interinamente a Presidência da República durante a viagem de Lula à França, consolidando a relevância do evento no circuito político da capital federal.
Entre os convidados, destacou-se a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), além de ministros do STF e de outras cortes superiores, evidenciando a abrangência do convite e a representatividade dos participantes. “A presença de tantas autoridades demonstra a importância do ministro Moraes para o cenário político e jurídico do país”, comentou um analista político.
Um ponto notável foi a presença do ministro Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro ao STF, quebrando a aparente tensão histórica entre Moraes e o ex-presidente. Durante a confraternização, os presentes debateram os interrogatórios agendados para a semana seguinte na Corte, envolvendo Bolsonaro e outros investigados no inquérito do 8 de janeiro.
Ainda, a recente saída do país da deputada Carla Zambelli (PL-SP), após sua condenação pelo STF, também foi tema de conversas entre os convidados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) respondeu à viagem com um pedido de prisão preventiva, adicionando mais um capítulo à polêmica situação da parlamentar. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, não compareceu ao evento devido a compromissos oficiais no exterior, mas é considerado próximo de Moraes nos bastidores do STF.
Além de decretar a prisão preventiva de Zambelli, Moraes determinou que a Polícia Federal inclua o nome da deputada na lista vermelha da Interpol. O magistrado também estabeleceu o bloqueio de seus passaportes, inclusive o modelo diplomático de parlamentar. Na manhã anterior ao jantar, Zambelli revelou que está fora do Brasil e licenciada do mandato, indicando que pode seguir os passos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também enfrenta investigações no STF.
Fonte: http://revistaoeste.com