A Justiça de São Paulo determinou a imediata suspensão dos serviços de mototáxi oferecidos pelas plataformas 99 e Uber na capital paulista. A decisão, proferida nesta segunda-feira (26), surge em resposta a um trágico acidente ocorrido no último sábado (24), que resultou na morte de uma passageira. O incidente reacendeu o debate sobre a segurança e a legalidade desse tipo de transporte na cidade.
O desembargador Eduardo Gouvêa, responsável pela decisão, estabeleceu uma multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento da ordem judicial. A medida visa garantir o cumprimento da suspensão e evitar que as empresas continuem operando o serviço de mototáxi em São Paulo, pelo menos temporariamente.
Em resposta à decisão, tanto a 99 quanto a Uber informaram que suspenderão temporariamente seus serviços de mototáxi na cidade. A 99 expressou a urgência de um debate sobre a constitucionalidade do decreto de proibição, enquanto a Uber alertou para o risco de proliferação de serviços clandestinos sem as mesmas garantias de segurança.
O acidente fatal envolveu Larissa Barros Máximo Torres, de 23 anos, passageira de um mototáxi da 99, e um carro de aplicativo na Avenida Tiradentes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Larissa foi atingida pela porta do carro e, após a colisão, foi atropelada por outro veículo. O caso está sendo investigado como homicídio culposo.
A prefeitura de São Paulo e as plataformas de aplicativos travam uma batalha judicial sobre a permissão do serviço na cidade. A prefeitura argumenta que o transporte de passageiros em motocicletas oferece riscos significativos, citando os altos custos com internações de vítimas de acidentes de moto na rede pública de saúde. A disputa legal continua, enquanto a população aguarda uma definição sobre o futuro dos mototáxis por aplicativo na capital paulista.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br