Reinaldo Carneiro Bastos, atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), lançou oficialmente sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O anúncio, feito neste sábado (17), marca o início formal da disputa em um momento de grande instabilidade na entidade máxima do futebol nacional, após o afastamento de Ednaldo Rodrigues.
A candidatura de Carneiro Bastos ganha força em meio a articulações intensas nos bastidores. Ele conta com o apoio declarado de federações estaduais e de clubes das principais divisões do Campeonato Brasileiro, buscando solidificar uma base ampla para a eleição que definirá os rumos do futebol brasileiro para o período 2025-2029.
O comunicado oficial da FPF ressalta o amplo apoio conquistado, um fator crucial considerando as exigências para a formalização de uma chapa: o suporte mínimo de oito federações estaduais e cinco clubes. O prazo final para inscrição das chapas se encerra na próxima terça-feira (20), acirrando as negociações políticas neste fim de semana.
Segundo apurações, clubes ligados à Liga Forte União e à Liga do Futebol Brasileiro se reuniram virtualmente para alinhar o apoio à candidatura de Carneiro Bastos. A estratégia visa concentrar forças em uma única candidatura, dificultando a formação de chapas concorrentes e abrindo caminho para uma eleição mais direta.
Enquanto Carneiro Bastos busca consolidar seu apoio, o nome de Samir Xaud, ligado à Federação Roraimense de Futebol, surge como possível alternativa. Internamente, cogita-se que Xaud possa representar o grupo de 19 federações que se opuseram a Ednaldo Rodrigues, adicionando mais um elemento de incerteza ao pleito.
A eleição na CBF não definirá apenas o presidente, mas também oito vice-presidentes e seis membros do Conselho Fiscal. A disputa, no entanto, enfrenta obstáculos legais. Ednaldo Rodrigues acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) buscando cancelar a eleição e ser reintegrado ao cargo, questionando a legalidade da intervenção de Fernando Sarney.
A defesa de Rodrigues argumenta que, em caso de vacância, o diretor mais idoso, Hélio Menezes, deveria assumir interinamente, conforme o estatuto da CBF. A complexa situação jurídica adiciona ainda mais incerteza ao processo eleitoral, deixando o futuro da presidência da CBF indefinido.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
