Crise no Corinthians: Investigação Liga Dirigentes a Esquema de Lavagem de Dinheiro em Contrato da VaideBet

A gestão do presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrenta um novo escândalo com o surgimento de evidências que ligam diretores do clube a um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o contrato com a VaideBet, já rescindido. A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, revelou um rastro financeiro que levanta sérias suspeitas sobre a destinação de valores relacionados ao patrocínio.

As apurações, divulgadas inicialmente pelo SBT, identificaram o desvio de R$ 1,4 milhão através de quebras de sigilo bancário. O montante, oriundo de contas do Corinthians, teria sido pago como comissão de forma ilegal e rastreado até uma conta mencionada em delação premiada pelo empresário Vinícius Gritzbach, assassinado em 2024. Este fato adiciona contornos ainda mais sombrios à investigação.

Um relatório técnico detalhado revelou que o desvio ocorreu em duas parcelas de R$ 700 mil, depositadas na conta da empresa Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, apoiador de Augusto Melo durante a campanha eleitoral. Parte desse valor foi posteriormente transferida para a Neoway Soluções Integradas, empresa apontada como fantasma e registrada em nome de uma jovem moradora do litoral paulista.

A Neoway, por sua vez, repassou cerca de R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que destinou R$ 874.150 à UJ Football Talent Intermediação. Essa última empresa foi citada por Vinícius Gritzbach em sua delação, sendo apontada como pertencente a Danilo Lima, conhecido como “Tripa” e investigado por sequestro do próprio Gritzbach em 2022.

Além do valor rastreado, a investigação aponta para o desaparecimento de R$ 525 mil dos cofres do Corinthians durante as etapas de lavagem de dinheiro. Diante das acusações, o Corinthians se manifestou afirmando que “o inquérito policial está sob segredo de justiça, portanto não teremos nenhum comentário a adicionar. O Corinthians não tem responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do Clube”. Os investigadores sustentam que os crimes de furto qualificado e lavagem de dinheiro estão evidenciados pelas quebras de sigilo bancário.

Fonte: http://esporte.ig.com.br

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