Justiça Militar Libera Policiais Suspeitos em Assassinato de Delator Ligado ao PCC

Em uma reviravolta no caso que investiga a morte de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, três policiais militares de São Paulo, acusados de envolvimento no crime, foram liberados pela Justiça Militar. A decisão permite que os agentes respondam ao processo em liberdade, conforme deliberado pelo Conselho Permanente de Justiça do Tribunal de Justiça Militar (TJM) após uma audiência realizada na última quarta-feira.

O tribunal analisou diversos pedidos de revogação de prisão preventiva, beneficiando o tenente Thiago Maschion Angelim da Silva e os soldados Abraão Pereira Santana e Julio Cesar Scarlett Barbini. A partir de agora, eles aguardarão o desenrolar do processo fora da prisão, uma decisão que certamente impactará o andamento das investigações.

Ao todo, 15 policiais militares são réus na ação penal, acusados de crimes graves como falsidade ideológica e participação em organização criminosa. O Tribunal de Justiça Militar informou que as acusações são resultado de uma extensa investigação sobre o caso Gritzbach, que envolve suspeitas de ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em maio, o Ministério Público já havia denunciado 18 policiais militares à Justiça Militar por crimes relacionados ao caso. Três deles são acusados diretamente de homicídio, enquanto os demais respondem por outras infrações, incluindo atuação na escolta de Gritzbach, considerada uma infração disciplinar pela corporação. Um agente também é acusado de falsidade ideológica e prevaricação.

A audiência da última quarta-feira ouviu cinco testemunhas de acusação, duas delas sob proteção especial. A investigação aponta que Gritzbach foi assassinado por três PMs a mando de Emílio Carlos Gongorra de Castilho, conhecido como “Cigarreira”, suposto membro do PCC, em represália pela morte de outros criminosos em 2021. O processo agora avança para a fase de depoimento das testemunhas de defesa.

Fonte: http://revistaoeste.com

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