O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), declarou-se contrário à anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, gerando um choque dentro de seu próprio partido. A declaração, feita nesta sexta-feira (5), coloca o ministro em rota de colisão com o Republicanos, legenda que sinaliza apoio à medida.
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), havia afirmado que a proposta de anistia contava com o apoio da oposição, incluindo União Brasil, Progressistas (PP) e, possivelmente, o PSD. A posição de Costa Filho, portanto, adiciona uma camada de complexidade ao debate.
A indicação de Silvio Costa Filho para o ministério foi uma escolha pessoal do presidente Lula, visando ampliar a base de apoio do governo federal. Recentemente, o Republicanos formou federação com o União Brasil, determinando que seus ministros deixassem os cargos, o que torna a situação ainda mais delicada.
“Tem a pauta da anistia, que sou contra”, afirmou Costa Filho em entrevista à GloboNews. “Defendo que os culpados sejam responsabilizados.” O ministro expressou confiança na habilidade do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em construir convergências sobre temas de interesse nacional.
A pressão sobre Motta é crescente, já que a oposição busca acelerar a votação da anistia, especialmente diante do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no STF. Costa Filho reafirmou seu apoio a Lula para as eleições de 2026, declarando: “Não tenha dúvida que estarei ao lado do presidente Lula. Entendo que, neste momento, é a melhor opção para o povo brasileiro.”
O ministro também comentou sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendendo que ele priorize seu mandato estadual, apesar de ser cotado como possível candidato à presidência em 2026. Costa Filho criticou setores que, segundo ele, não desejam o sucesso do governo.
Fonte: http://revistaoeste.com