São Paulo enfrenta um cenário preocupante: agosto de 2025 se configura como o mais seco desde 2020, com um volume de chuvas significativamente abaixo do esperado. A ausência de precipitação, combinada com temperaturas atípicas, acende um alerta para o abastecimento de água na capital paulista e região metropolitana. A situação exige atenção e medidas para mitigar os impactos da estiagem prolongada.
O acumulado de chuva em agosto atingiu apenas 13,5 milímetros, representando menos da metade dos 30,2 mm previstos para o mês, segundo dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). Esse déficit hídrico agrava a situação dos reservatórios, especialmente o Sistema Cantareira, que opera em níveis críticos e exige medidas emergenciais para garantir o abastecimento da população.
A escassez de chuvas também impactou as temperaturas, que se mantiveram ligeiramente abaixo das médias históricas para o mês. As mínimas ficaram em torno de 12,4°C e as máximas em 23°C, enquanto as médias históricas para agosto na capital paulista são de 13,4°C e 24,3°C, respectivamente. A previsão para os próximos dias é de tempo seco, com elevação das temperaturas e baixa umidade do ar, o que agrava ainda mais a situação.
Diante desse cenário, o governo de São Paulo anunciou medidas para preservar os recursos hídricos. A Sabesp, responsável pelo abastecimento na região, vai reduzir a retirada de água do Sistema Cantareira, passando de 31 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 27 m³/s. Essa ação visa minimizar o impacto da estiagem no principal reservatório da cidade, que opera com 34,6% de sua capacidade, um nível considerado de alerta.
Além disso, a Sabesp já implementou a redução da pressão da água durante a madrugada na região metropolitana, entre 21h e 5h. Segundo o governo, essa medida continuará em vigor “até que sejam recuperados os níveis dos reservatórios que abastecem a região metropolitana”, que somam 37,2% de armazenamento. A combinação dessas ações busca garantir o abastecimento e minimizar os impactos da seca prolongada na população.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
