A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS avançou nas investigações sobre fraudes em aposentadorias e pensões, aprovando uma série de convocações cruciais. A medida surge no contexto da Operação Sem Desconto, uma ação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) que expôs um esquema bilionário de desvios.
Entre os convocados, destacam-se figuras de alto escalão, incluindo três ex-ministros de governo e dez ex-presidentes do INSS. Carlos Lupi, que ocupava o cargo de Ministro da Previdência Social na época em que a fraude veio à tona, é um dos principais nomes chamados a prestar esclarecimentos. A comissão busca entender o alcance e a dinâmica do esquema, bem como identificar os responsáveis pelos desfalques.
Além das convocações, a CPMI aprovou diversos requerimentos de informação, solicitando acesso a documentos e auditorias da CGU, Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal (STF), Defensoria Pública da União (DPU), Tribunal de Contas da União (TCU), INSS e Ministério da Previdência, Conselho Nacional de Previdência Social e Procuradoria-Geral da República (PGR).
A lista de convocados inclui nomes como Carlos Eduardo Gabas e José Carlos Oliveira (Ahmed Mohamad Oliveira Andrade), também ex-ministros da Previdência e do Trabalho e Previdência, respectivamente. Marcelo Abi-Ramia Caetano, ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, também deverá comparecer perante a comissão.
A CPMI também convocou Lindolfo Neto de Oliveira Sales, Renato Rodrigues Vieira, Leonardo José Rolim Guimarães, Alessandro Antonio Stefanutto, Elisete Berchiol da Silva Iwai, Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, Glauco André Fonseca Wamburg, Leonardo de Melo Gadelha, Edison Antônio Costa Britto Garcia e Francisco Paulo Soares Lopes, todos ex-presidentes do INSS durante diferentes períodos. Eliane Viegas Mota (CGU), Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi (PF), Patrícia Bettin Chaves (DPU) e Eli Cohen (Advogado) também foram convocados. A expectativa é que os depoimentos ajudem a esclarecer os detalhes da fraude e a identificar os responsáveis pelos desvios.
Fonte: http://revistaoeste.com