O ministro do Turismo, Celso Sabino, manifestou forte descontentamento com a tentativa inicial de restringir a presença de alimentos tradicionais da culinária paraense na COP30, conferência climática que será sediada em Belém em novembro. Sabino classificou a medida como um equívoco grave e inadmissível, defendendo a riqueza e importância da gastronomia da região Norte.
Segundo o ministro, a exclusão de ingredientes como açaí, tucupi e maniçoba do cardápio da COP30 seria um ato de desrespeito à cultura local. “Houve um equívoco, já reconhecido por quem cometeu esse erro”, afirmou Sabino durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC. Ele enfatizou que o governo não tolerará qualquer forma de preconceito contra a região Norte e seus costumes.
Sabino comparou a situação a “convidar as pessoas para uma churrascaria e, chegando na hora, dizer que não vai servir churrasco”. Ele criticou a postura de alguns que, segundo ele, desejam o fracasso da COP30 em Belém. “Existe sim uma espécie de preconceito interno dentro da cabeça de muitas pessoas sobre a Região Norte e sobre o povo da Região Norte”, declarou o ministro.
O imbróglio teve início com a publicação de um edital da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), que listava alimentos e bebidas considerados de alto risco, incluindo itens essenciais da culinária paraense. Após a repercussão negativa, a organização revisou o edital, permitindo a inclusão dos pratos regionais.
A OEI informou que a mudança foi resultado de uma análise técnica e da atuação do governo federal. A organização ressaltou que o edital busca valorizar empreendimentos locais, como cooperativas e associações, além de priorizar a agricultura familiar, com o objetivo de garantir que ao menos 30% dos insumos adquiridos sejam provenientes desse setor.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
