O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, manifestou forte oposição à decisão de Israel de avançar com a construção de mais de 3 mil moradias em área estratégica entre Jerusalém Oriental e Jericó. A medida, classificada como ilegal, acende um alerta sobre o futuro do processo de paz no Oriente Médio.
O Ministério das Relações Exteriores expressou preocupação com a possível divisão da Cisjordânia em duas regiões, além da separação de Jerusalém Oriental do restante do território palestino. Segundo a pasta, essa ação comprometeria a integridade territorial e a viabilidade de uma solução pacífica.
O anúncio da retomada das obras foi feito pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que declarou, segundo a Reuters, que o plano “enterra a ideia de um Estado palestino”. A declaração agrava as tensões e levanta questionamentos sobre o compromisso de Israel com a busca por uma solução de dois Estados.
O governo brasileiro reafirma que o projeto viola o direito internacional e a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU. O Itamaraty recorda ainda a decisão da Corte Internacional de Justiça, que considera ilícita a permanência de Israel nos territórios ocupados e determina a suspensão de novas atividades em assentamentos.
Em defesa do direito dos palestinos a um Estado independente e soberano, o Brasil apela a Israel para que evite ações unilaterais que possam ser interpretadas como anexação de território. O Itamaraty adverte que tais medidas representam uma ameaça à solução de dois Estados e dificultam a construção de uma paz duradoura na região.
Fonte: http://revistaoeste.com