STF Julga Tentativa de Golpe: Cármen Lúcia Reforça que Atos de 8 de Janeiro Não Foram ‘Festinha de Domingo’

O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para momentos decisivos no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. A ministra Cármen Lúcia, peça chave nesse processo, já havia expressado sua visão contundente sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, classificando-os como parte de uma ação orquestrada e não um ato isolado.

Em seu voto anterior, em março de 2025, a ministra foi enfática ao afirmar: “Não foi uma coincidência, nem uma festinha de domingo”. Segundo ela, os atos representaram um planejamento meticuloso, com cada participante desempenhando um papel definido. A retomada do julgamento pela 1ª Turma do STF nesta quinta-feira (11.set.2025), portanto, carrega o peso dessa análise prévia.

A 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, já conta com dois votos a favor da condenação de Bolsonaro, proferidos por Moraes e Dino. Fux, por sua vez, divergiu, votando pela condenação apenas de Mauro Cid e Braga Netto. A expectativa agora se concentra no voto de Cármen Lúcia, que pode ser decisivo para formar maioria.

Cármen Lúcia, ao votar para tornar os investigados réus, já havia traçado um paralelo com outros momentos da história política brasileira, argumentando que golpes não são eventos espontâneos. “Um golpe não se faz em um dia nem acaba em uma semana. É uma máquina que vai sendo montada”, declarou a ministra, citando a ditadura de 1964 como exemplo.

Em defesa da democracia, a ministra ressaltou a importância do julgamento. “Ditadura mata. Democracia permite a vida, a vocação, o talento. Felizmente, o golpe não deu certo. Temos democracia no Brasil, temos um Supremo atuando”, afirmou, demonstrando a gravidade do momento e a responsabilidade do STF na manutenção do Estado democrático de Direito.

Fonte: http://www.poder360.com.br

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