Uma vasta operação da Polícia Militar Ambiental (PM Ambiental), em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), resultou no fechamento de dez fábricas clandestinas de balões na região metropolitana da capital paulista nesta quarta-feira, 10 de setembro de 2025. A ação, que dá prosseguimento à Operação Cangalha, visa combater a produção e soltura ilegal de balões, prática que representa grave risco de incêndios e acidentes. Três indivíduos foram detidos e um total de 109 balões foram apreendidos.
Além dos balões, a operação apreendeu materiais utilizados na fabricação, 69 artefatos explosivos e três armas de fogo. A PM Ambiental também resgatou três animais silvestres que estavam mantidos em cativeiro nos locais. A Operação Cangalha, iniciada em agosto, já havia levado ao fechamento de duas fábricas e à apreensão de 88 balões, demonstrando a continuidade dos esforços para coibir essa atividade ilegal.
Dados da Secretaria de Segurança Pública revelam a dimensão do problema. Até agosto deste ano, 94 balões foram apreendidos e 19 pessoas foram autuadas, resultando em multas que somam aproximadamente R$ 400 mil. Em 2024, as multas aplicadas pela PM Ambiental em decorrência da atividade baloeira ultrapassaram R$ 1 milhão.
A soltura de balões festivos é estritamente proibida no Brasil, devido ao alto risco de incêndios, danos ao patrimônio público e privado, e potenciais acidentes aeronáuticos. A pena para quem fabrica, comercializa ou solta balões pode chegar a três anos de prisão. A população pode denunciar anonimamente essas atividades, colaborando com as autoridades no combate a esse crime ambiental.
O estado de São Paulo enfrenta atualmente um período de seca intensa, o que agrava os riscos de incêndios. A Defesa Civil emitiu o terceiro alerta da temporada devido à baixa umidade e ao alto risco de incêndios em 466 municípios paulistas, incluindo importantes regiões como Sorocaba, Campinas e Ribeirão Preto. A população é orientada a beber bastante água, evitar atividades físicas ao ar livre e umidificar ambientes internos.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br