Em pronunciamento transmitido em rede nacional na véspera do Dia da Independência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom em defesa da soberania nacional. O discurso, marcado por críticas contundentes a opositores, sinaliza um endurecimento na retórica do governo em face de pressões internas e externas.
Lula enfatizou que o Brasil não cederá a pressões externas, numa clara referência às tensões recentes com os Estados Unidos. “Não seremos novamente colônia de ninguém”, declarou, reforçando a autonomia do país em cuidar de sua população sem interferência. A declaração surge em meio a atritos após a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros.
O presidente não poupou críticas a políticos brasileiros que atuam em defesa de interesses, segundo ele, contrários aos do país. “Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A história não os perdoará”, afirmou, sem citar nomes.
Lula também abordou a necessidade de regulamentação das redes sociais, defendendo que estas não podem estar acima da lei. Para o presidente, é imprescindível combater a disseminação de fake news, discursos de ódio e outras práticas ilícitas no ambiente digital.
Além das críticas, Lula destacou conquistas recentes do governo, como a retirada do Brasil do Mapa da Fome e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil. Ele também mencionou operações policiais de combate à lavagem de dinheiro do crime organizado. No dia 7 de setembro, manifestações de apoio ao governo ocorreram em diversas capitais do país.
Em Brasília, Lula participou do desfile cívico-militar, acompanhado de apoiadores e autoridades. O presidente reforçou a importância da mobilização popular na luta contra a anistia, reconhecendo a força da extrema-direita no Congresso. “Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la”, concluiu Lula.
Fonte: http://ric.com.br