Em um momento de crescente tensão regional, o presidente venezuelano Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido) fez um apelo direto ao governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump (Partido Republicano), para cessar as operações militares no Caribe. Maduro expressou preocupação com o envio de navios de guerra americanos, iniciado em 20 de agosto sob o pretexto de combater o narcotráfico, considerando a ação uma ameaça à soberania venezuelana.
Durante um discurso a milicianos em Caracas, Maduro acusou os EUA de planejarem uma “mudança violenta de regime” na Venezuela. Ele alertou que as tensões escaladas poderiam levar a um “conflito militar de grande impacto”. Apesar das críticas, Maduro enfatizou que respeita Trump, buscando um caminho para evitar um confronto.
“O governo dos Estados Unidos deve abandonar seu plano de mudança violenta de regime na Venezuela e em toda a América Latina e o Caribe e respeitar a soberania, o direito à paz, à independência. Eu o respeito [Trump]”, declarou Maduro. Ele reiterou que não há justificativa para um conflito militar na América do Sul, buscando um diálogo para resolver as divergências.
A escalada de tensões teve início em 20 de agosto, quando o governo Trump anunciou o envio de três navios de guerra para a costa venezuelana, alegando o combate ao narcotráfico. Adicionalmente, os EUA aumentaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado de envolvimento com cartéis de drogas.
Maduro também denunciou que os navios americanos estariam posicionados com 1.200 mísseis navais apontados para a Venezuela, além da presença de um submarino em águas próximas. Ele classificou a operação como “a maior ameaça já vista” no continente nos últimos 100 anos, considerando a mobilização “uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa, sangrenta”.
Fonte: http://www.poder360.com.br
