Irregularidades levam à interdição do Shopping 25 Brás pela Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo interditou e iniciou o processo de lacração do Shopping 25 Brás, localizado no coração da capital paulista, na manhã desta sexta-feira, 5. A medida drástica foi tomada após a constatação de que a estrutura do prédio excedia em dois andares o limite estabelecido no alvará de reconstrução, emitido em fevereiro deste ano. A permissão original, concedida pela Subprefeitura da Mooca, autorizava apenas um pavimento com mezanino.

Em nota oficial, a gestão municipal enfatizou que todas as vias administrativas foram esgotadas antes da interdição. O estabelecimento já havia sido embargado anteriormente e acumulava um montante de quase R$ 5 milhões em multas. “Ainda assim, a obra seguiu em andamento mesmo após o embargo, motivo pelo qual o imóvel está sendo lacrado”, declarou a prefeitura, demonstrando a persistência da irregularidade.

A operação de interdição contou com o apoio de equipes da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar, que isolaram o perímetro do prédio para garantir a segurança. Máquinas da prefeitura foram mobilizadas e ocuparam parte da Rua Barão de Ladário para remover estruturas da obra, causando impacto no trânsito local. Uma faixa da via foi bloqueada, forçando pedestres a dividirem espaço com veículos, já que as calçadas também foram interditadas.

Segundo a administração municipal, a reconstrução do shopping teve início antes mesmo da emissão do alvará, resultando em uma primeira interdição física em janeiro. Apesar da ordem de paralisação, os trabalhos prosseguiram. Em inspeções recentes, fiscais da Subprefeitura da Mooca constataram a ampliação da área construída além do permitido e, inclusive, encontraram produtos à venda em um dos boxes, que foi lacrado após a remoção das mercadorias.

A prefeitura ressaltou que, embora tenha havido recurso no processo administrativo, “isso não autorizava a continuidade da obra”. Para reverter o embargo, seria necessário apresentar um novo pedido e comprovar a adequação da construção ao projeto aprovado. A gestão municipal informou que o caso será encaminhado à Polícia Civil para a abertura de um inquérito por desobediência, reforçando a seriedade com que trata a questão.

Fonte: http://revistaoeste.com

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