A Argentina enfrenta uma onda de protestos impulsionada por alegações de corrupção envolvendo Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei e Secretária-Geral da Presidência. As denúncias, que circulam amplamente, acusam Karina de participação em um esquema de propina na Agência Nacional para a Deficiência (Andis), gerando indignação em diversos setores da sociedade.
O estopim da crise foi a divulgação de áudios pelo streaming *Carnaval*, nos quais Diego Spagnuolo, ex-diretor da Andis, detalha um suposto esquema de suborno relacionado à compra e fornecimento de medicamentos. Segundo as alegações, Karina Milei receberia 3% de um sobrepreço de 8% nos medicamentos, totalizando cerca de 800 mil dólares mensais, conforme reportado pela CNN.
A indignação popular rapidamente se manifestou nas arquibancadas dos estádios. Torcedores do San Lorenzo exibiram uma faixa com os dizeres “3%” durante o clássico contra o Huracán, em clara alusão à suposta porcentagem recebida por Karina Milei. A mensagem, carregada de ironia, viralizou nas redes sociais e simboliza o crescente descontentamento com o governo.
Além disso, o clube da terceira divisão Sacachispas também aderiu aos protestos de forma criativa. Em uma publicação nas redes sociais, o clube divulgou a escalação da equipe com a frase irônica: “3% de possibilidades, 97% de fé”. A manifestação demonstra que o repúdio ao suposto esquema de corrupção transcende as tradicionais rivalidades esportivas.
A situação política na Argentina permanece tensa, com a pressão popular aumentando sobre o governo Milei. As investigações sobre as denúncias de corrupção envolvendo a irmã do presidente devem ser acompanhadas de perto, e seus resultados podem ter um impacto significativo no futuro político do país.
Fonte: http://ric.com.br