Anistia a Bolsonaro: Votação Adiada no Congresso Aguarda Decisão do STF, Afirma Líder do PL

A possível anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos em controvérsias recentes ganhou um novo capítulo. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, revelou que a votação do projeto de anistia não ocorrerá antes do julgamento de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada após uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta, na quinta-feira, 4.

Segundo Cavalcante, Motta garantiu que o tema será debatido, mas sem uma data definida. “Ele me pediu para voltar na segunda-feira e para eu conversar com os demais líderes”, relatou o deputado, sinalizando a necessidade de articulação com outras bancadas. A expectativa é que novas informações sobre o cronograma sejam divulgadas na próxima semana, após sessões remotas.

A proximidade do julgamento de Bolsonaro no STF, marcado para a próxima semana, é um fator determinante para o adiamento da votação. As sessões no Supremo, agendadas para terça, quarta e sexta-feira, devem influenciar diretamente o futuro da proposta de anistia no Congresso. A análise no STF precede qualquer movimento no legislativo.

Durante o encontro, também foi discutida a escolha do relator da proposta, com Motta assegurando que a função caberá a um partido do Centrão. “Sóstenes, tem que ser um partido mais ao centro, não vai ser nenhum parlamentar do PL”, teria dito o presidente da Câmara, indicando uma estratégia para ampliar o apoio à medida. A oposição trabalha com diferentes versões do projeto, incluindo uma que busca reverter a inelegibilidade de Bolsonaro.

Apesar das articulações em curso, a proposta enfrenta resistências, como a do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que defende um texto que não beneficie diretamente Bolsonaro. Cavalcante criticou essa postura, defendendo que o papel dos presidentes das Casas Legislativas deve ser de árbitros, e não de definidores do conteúdo das propostas. A decisão final sobre o alcance da anistia, portanto, permanece incerta e sujeita a intensos debates no Congresso.

Fonte: http://revistaoeste.com

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