O segundo dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado, foi encerrado nesta quarta-feira (3) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão, que se concluiu pouco antes das 13h, foi marcada pelas sustentações orais das defesas, incluindo a do ex-chefe do Executivo e de militares. A próxima etapa do processo está agendada para o dia 9 de setembro, uma terça-feira, a partir das 9h.
Na retomada do julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deverá apresentar seu voto. A expectativa é alta em relação ao posicionamento do ministro, que tem conduzido as investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro e outras denúncias de tentativas de subversão da ordem democrática.
Logo após o encerramento da sessão, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, se manifestou, declarando que “se o julgamento for estritamente jurídico, não há porque condenar” o ex-presidente. Ele classificou a acusação como uma “narrativa fantasiosa”, expressando a esperança de que o julgamento se atenha aos aspectos legais, sem influência de fatores políticos.
Cunha Bueno enfatizou que Bolsonaro “jamais teve qualquer intuito golpista”, contrastando com a alegação da defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa. O advogado de Nogueira afirmou que o general teria atuado para dissuadir o ex-presidente de ações que pudessem comprometer o Estado democrático de direito. Segundo Andrew Farias, advogado do general, Nogueira “atuou ativamente para demover o presidente da República de qualquer medida nesse sentido.”
Fonte: http://ric.com.br