Em sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (3), o advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro, negou a existência de provas que incriminem o ex-presidente na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe.
Bolsonaro e outros sete membros de seu governo são réus no processo, que pode resultar em uma pena superior a 40 anos de prisão em caso de condenação. Vilardi argumentou que a defesa não teve acesso completo às provas apresentadas pela acusação.
O advogado questionou a integralidade das evidências disponibilizadas, alegando que não se sabe se o material apresentado é um recorte ou a totalidade das provas. Além disso, Vilardi criticou o curto período de tempo concedido para a análise dos documentos fornecidos pela Polícia Federal.
A defesa também levantou dúvidas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, peça central da acusação. Vilardi destacou as inconsistências nos depoimentos de Cid e mencionou a alegação de que o militar teria sofrido coação por parte da Polícia Federal. “Cid prestou depoimento 16 vezes e mudou sua versão diversas vezes”, afirmou o advogado.
Vilardi minimizou a importância da chamada “minuta do golpe”, encontrada com Cid, argumentando que o documento era apócrifo e não comprova o envolvimento de Bolsonaro. Segundo o advogado, o ex-presidente autorizou a transição de poder e colaborou com a nomeação de novos comandantes das Forças Armadas.
Fonte: http://revistaoeste.com