A magia de Garrincha transcende o tempo, reacendendo a admiração a cada vídeo resgatado nas redes sociais. Em meio a dribles desconcertantes e gols memoráveis de outros craques, o ‘Anjo das Pernas Tortas’ se destaca, não apenas como jogador, mas como um espetáculo à parte, capaz de paralisar o país.
Hoje, lamentavelmente, a grandiosidade de Garrincha parece subestimada. Ele personificava a alegria do povo brasileiro, um escape da dura realidade. No entanto, ao findar sua carreira, o abandono se fez presente, pairando a questão: o que poderia ter sido feito para amparar esse ícone?
A ausência de uma ação governamental mais incisiva soa como uma omissão. Milton Neves questiona se Garrincha não deveria ter sido declarado Patrimônio Cultural Imaterial, recebendo a assistência devida. O argumento do custo financeiro esbarra na imensurável contribuição de Garrincha ao imaginário nacional.
“Ele foi, por anos, a alegria da nossa gente”, resume o sentimento de uma nação que encontrava alívio em seus lances geniais. Se Garrincha tivesse nascido em outro país, sua história seria reverenciada de forma ainda mais intensa, com honrarias e reconhecimentos à altura de seu talento.
No Brasil, Garrincha persiste como uma lembrança vívida para alguns, enquanto as novas gerações parecem distantes de sua genialidade. O compromisso de manter viva a memória desse gênio do futebol se torna, portanto, um ato de justiça e celebração de um dos maiores talentos que o país já produziu.
Fonte: http://revistaoeste.com