Corrupção no Judiciário: CNJ prorroga afastamento de desembargador do Tocantins investigado por esquema de venda de decisões

O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, decidiu manter o afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO). A medida cautelar visa garantir a integridade das investigações da Operação Máximus, que apura um suposto esquema de negociação de decisões judiciais.

Helvécio de Brito Maia Neto é investigado desde 2024, quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Máximus. Segundo a PF, o desembargador, que já presidiu o TJTO, seria peça-chave em um “assustador mercado de ações judiciais”, conforme descrito nos autos.

A investigação revelou a existência de “pacotes de corrupção” dentro do Judiciário tocantinense. Documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam Helvécio como o elo entre beneficiários de decisões judiciais, advogados influentes e outros agentes públicos do estado.

O afastamento inicial, decretado em 2023, já havia expirado, mas o CNJ optou por prorrogá-lo até a conclusão das apurações. Para o ministro Campbell, os fatos narrados “assumiram o potencial de macular a imagem do Poder Judiciário e a confiança nele depositada por parte do jurisdicionado”.

As investigações agora tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Cristiano Zanin. O caso atinge magistrados de ao menos três tribunais estaduais, além de assessores de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa do filho do desembargador, também citado na investigação, nega as acusações.

Fonte: http://revistaoeste.com

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