A defesa do rapper Oruam, cujo nome de batismo é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, formalizou, nesta segunda-feira, um pedido de revogação da prisão preventiva do artista. Os advogados questionam a legalidade da detenção, argumentando que não existem fundamentos sólidos para mantê-lo encarcerado e que ele deveria aguardar o julgamento em liberdade.
Oruam está detido na Penitenciária Serrano Neves, em Bangu 3, desde o dia 22 de julho. Ele enfrenta acusações que incluem tentativa de homicídio triplamente qualificada, tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, lesão corporal e desacato.
O caso ganhou notoriedade após uma operação policial na residência do rapper, no Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a acusação, durante a ação, Oruam teria atirado pedras contra os agentes, atingindo um oficial de cartório e colocando em risco a integridade física do delegado.
A defesa contesta a validade das provas apresentadas, alegando que as pedras foram coletadas em local não identificado e que não há comprovação da autoria do crime. Os advogados argumentam que a decisão judicial se baseou em “argumentos genéricos e sem comprovação”, e ressaltam que Oruam é réu primário, possui residência fixa e tem uma carreira consolidada.
Em nota enviada à imprensa, a equipe do cantor criticou a fundamentação da decisão judicial, alegando que a prisão preventiva foi decretada sob “fundamentos genéricos de suposta influência sobre jovens e laços não comprovados com o crime organizado”. A defesa ainda comparou o caso de Oruam com o de um policial civil que, após ferir um entregador, responde ao processo em liberdade, argumentando que a diferença de tratamento “revela uma possível violação ao princípio da isonomia”.
Fonte: http://revistaoeste.com