Rafael Renard Gineste, empresário investigado por envolvimento com a estrutura financeira do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso em Bombinhas, Santa Catarina, em uma tentativa de fuga espetacular. A Polícia Federal (PF) deflagrou uma megaoperação contra o esquema de lavagem de dinheiro da facção, resultando na captura do suspeito.
As cenas da prisão, divulgadas pela TV Globo, mostram Gineste sendo interceptado em sua lancha. Um dos agentes da PF pode ser ouvido gritando: “Jogou fora o celular. Polícia Federal!”. O empresário foi cercado e rendido, frustrando sua tentativa de escapar das autoridades.
Gineste não foi encontrado em seu domicílio em um condomínio de alto padrão em Curitiba, o que levou as equipes da PF a rastreá-lo até o litoral catarinense. No local, além da prisão do empresário, uma mulher que o acompanhava também foi detida, ampliando o escopo da investigação.
A prisão de Gineste é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que mobilizou mais de 1,4 mil agentes federais e estaduais em dez Estados, com o apoio da Receita Federal. A operação tem como objetivo desmantelar a complexa rede de lavagem de dinheiro do PCC, estimada em bilhões de reais.
As investigações revelaram um esquema sofisticado que envolve 41 pessoas físicas e 255 empresas. Uma fintech, em particular, movimentou cerca de R$ 47 bilhões entre 2020 e 2024. Além disso, foram rastreados 40 fundos de investimento que transitaram aproximadamente R$ 52 bilhões em quatro anos, dos quais R$ 30 bilhões foram bloqueados pela Justiça.
Segundo a PF, o setor de combustíveis era um dos principais canais utilizados pelo PCC para lavar dinheiro. Postos de gasolina e distribuidoras eram usados para dar aparência lícita aos recursos obtidos com atividades criminosas. Empresas ligadas ao ramo de combustíveis participavam ativamente do processo, sustentando a rede criminosa.
Fonte: http://revistaoeste.com