A presidente do PT e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, elevou o tom contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificando-o como um “candidato fantoche”. A crítica surge em resposta à declaração de Tarcísio de que, se eleito presidente, concederia indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para Gleisi, a promessa de Tarcísio demonstra subserviência. Em sua postagem nas redes sociais, ela contrastou Tarcísio, a quem acusa de servir aos interesses de seu “chefe”, com o presidente Lula, que, segundo ela, “pensa no povo e no país”. A declaração acende o debate sobre os possíveis desdobramentos políticos da postura de Tarcísio.
A controvérsia se intensificou após a declaração de Tarcísio ao *Diário do Grande ABC*, onde afirmou que o indulto seria um de seus primeiros atos como presidente, justificando que “tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”. O indulto presidencial é um mecanismo que permite o perdão total ou parcial de penas.
Vale lembrar que Bolsonaro, durante seu mandato, já concedeu indulto ao ex-deputado Daniel Silveira, ato que foi posteriormente anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação de Bolsonaro por diversos crimes, incluindo organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. O STF deve iniciar o julgamento na próxima terça-feira.
A declaração de Gleisi pode indicar uma estratégia do governo para as eleições de 2026, caso Tarcísio se candidate à presidência. Em 2018, Fernando Haddad, então candidato do PT, foi frequentemente chamado de “poste de Lula”, numa tática semelhante de descredibilização.
Fonte: http://www.poder360.com.br
