Uma frota de embarcações carregada de ajuda humanitária zarpou de Barcelona, Espanha, no domingo (31.ago.2025), com destino à Faixa de Gaza. A iniciativa, liderada pela Global Sumud Flotilla, representa a maior tentativa, até o momento, de romper o bloqueio naval imposto por Israel ao território palestino. A bordo, ativistas de mais de 44 países, incluindo a ativista climática sueca Greta Thunberg, exigem a abertura de um corredor marítimo seguro para a entrega de suprimentos essenciais.
Em meio a crescentes tensões e relatos de intensificação da ofensiva israelense em Gaza, a flotilha busca levar alimentos, água e medicamentos à população afetada. No último sábado (30.ago), ataques israelenses na região resultaram em dezenas de mortes, conforme noticiado, agravando a já precária situação humanitária. A iniciativa da flotilha surge como um apelo urgente à comunidade internacional diante da crise em Gaza.
A flotilha, composta por cerca de 20 embarcações, deve receber o reforço de navios provenientes de portos na Itália e na Tunísia nos próximos dias. Organizadores estimam que cerca de 70 barcos participarão da etapa final da viagem, com previsão de chegada à Faixa de Gaza em meados de setembro. “Quando os governos se calam, o povo se levanta”, declarou a Global Sumud Flotilla em suas redes sociais, evidenciando o caráter de desafio e ativismo da missão.
Uma delegação brasileira também integra a flotilha, composta por ativistas e representantes políticos. Em junho, uma embarcação da Flotilha da Liberdade com ajuda humanitária foi interceptada por Israel, resultando na prisão de tripulantes, incluindo o ativista brasileiro Thiago Ávila. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) classificou o incidente como um possível crime de guerra, intensificando o debate sobre a legitimidade do bloqueio naval a Gaza.
Enquanto a flotilha segue em direção a Gaza, relatos de escassez de alimentos e desnutrição na região aumentam a pressão por uma solução humanitária urgente. Segundo a Al Jazeera, o Ministério da Saúde local registrou diversas mortes relacionadas à fome, números que se somam às milhares de vítimas fatais do conflito. A missão da Global Sumud Flotilla reacende o debate sobre o bloqueio a Gaza e a necessidade de assistência humanitária à população.
Fonte: http://www.poder360.com.br
