A Operação “Lobo em Pele de Cordeiro”, deflagrada no último domingo (24), resultou na prisão de Genivaldo Oliveira dos Santos, de 41 anos, padre suspeito de abusar sexualmente de jovens e adolescentes em Cascavel, no oeste do Paraná. O religioso atuou como sacerdote por 12 anos em diversas cidades da região, período em que teria cometido os abusos.
As investigações apontam para um padrão de comportamento predatório por parte de Genivaldo, que já apresentava indícios desse comportamento desde a época do seminário. Em 2010, ele teria tentado violentar outro seminarista, levantando sérias questões sobre sua conduta e supervisão.
Além das acusações de abuso sexual, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) também identificou irregularidades na gestão financeira da paróquia onde Genivaldo atuava até 2024. Adicionalmente, foi descoberto que o padre oferecia “terapias” em um consultório próprio, uma prática considerada exercício ilegal da medicina.
Um dos aspectos mais chocantes da investigação é a alegação de que o antigo arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, acobertou os abusos sexuais cometidos por Genivaldo. Segundo a delegada Thais Zanatta, Dom Mauro, que faleceu em 2021, teria protegido o padre, mantendo os crimes em segredo.
“Ele acabou passando pano para esses abusos cometidos por esse seminarista”, explicou a delegada Zanatta. “Eles tinham um vínculo bem próximo e há relatos que esse arcebispo cometia assédios contra outros seminaristas, inclusive dentro da cúria”, completa a delegada, revelando detalhes perturbadores sobre o caso.
Fonte: http://ric.com.br
