O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reafirmou a determinação do país em resistir às exigências dos Estados Unidos, proferindo uma declaração desafiadora em um evento religioso no domingo. Suas palavras foram divulgadas pela mídia estatal no mesmo dia em que Teerã concordou em retomar as negociações nucleares com potências europeias, sinalizando um momento crucial nas relações internacionais.
“Eles querem que o Irã seja obediente aos Estados Unidos. A nação iraniana se posicionará com todo o seu poder contra essas expectativas tão errôneas”, declarou Khamenei, demonstrando a firme oposição do país à influência americana. O líder iraniano também criticou aqueles que defendem o diálogo direto com os EUA, descrevendo tal possibilidade como “insolúvel”, conforme reportado pela Al Jazeera.
Este desenvolvimento ocorre em um momento delicado, com o Irã e potências europeias retomando as conversas sobre o programa nuclear após uma interrupção causada por tensões regionais. França, Reino Unido e Alemanha sinalizaram que podem reativar sanções da ONU caso o Irã não demonstre cooperação nas negociações, aumentando a pressão sobre Teerã.
O histórico acordo de 2015, que previa a redução das atividades nucleares iranianas em troca do alívio de sanções, foi abalado quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, retirou o país do pacto em 2018, reimpondo restrições. Khamenei acusou ainda “agentes da América e do regime sionista” de tentar semear divisão no Irã, instando à união contra os EUA.
Enquanto as potências ocidentais expressam preocupações sobre as ambições nucleares do Irã, Teerã nega buscar armas nucleares, insistindo que seu programa tem fins exclusivamente civis. O desenrolar das negociações nucleares e a postura desafiadora do Irã em relação aos EUA prometem moldar o cenário geopolítico nos próximos meses.
Fonte: http://www.poder360.com.br
